por Gil Castillo
Esta semana vários jornais publicaram as declarações dos coordenadores da campanha da Senadora Marina Silva de que ela não terá um “Marqueteiro“, porque querem apresentar a candidata como ela é, sem mudar seu visual, ou sem “pirotecnia”, por exemplo. E daí, senti-me na obrigação de escrever algumas palavras. Vamos lá:
O Marketing Político tem sido a grande “Geni” nacional: sinônimo para definir jogadas escusas, fabricação de candidatos enlatados e artifícios pouco louváveis de manipulação do eleitor.
Mas, será esta uma arma tão poderosa, usada contra um eleitor tão frágil, que sucumbe passivamente à sua força? Bem, nem uma coisa, nem outra: nem o Marketing Político pode tudo, nem o povo é isento de percepção e capacidade de decisão. Muito pelo contrário: assim como em qualquer segmento do Marketing, ele fundamenta-se no estudo dos movimentos do mercado. E no caso do Marketing Eleitoral, esse mercado a ser estudado é, obviamente, o eleitorado. É com base numa extensa análise dos anseios, das tendências, das necessidades desse mercado, que um candidato deverá ser apresentado. Lembrando que o candidato não é um produto racionalmente desenvolvido, mas uma pessoa, com passado, história, ações, personalidade que não podem ser fabricados. E cujos atributos, que devem ser respeitados, podem ou não estar em sintonia com o que o eleitor espera, dependendo de uma infinidade de variáveis.
Nesse mar de estigmas é que entra em cena o famoso personagem chamado “Marqueteiro“, ora visto como um mago onipotente, ora como um oportunista que aparece apenas nas eleições. Mais uma vez, aqui, cabem algumas explicações, a começar pela própria palavra “Marqueteiro“. O profissional de Marketing é denominado Marquetólogo. Se atua na área política, esse especialista também pode ser chamado de Consultor Político.
“Marqueteiro” é um termo pejorativo. Surgiu como referência aos aventureiros que se lançavam, sem muito conhecimento de causa, pelas vastas águas do Marketing. Aos poucos, esse termo foi associando-se exclusivamente a quem “mexe com política”. Não é difícil entender o porquê e nem condenar essa confusão, afinal realmente, em épocas de eleição, aparece uma horda de pseudo-especialistas, que imaginam ter encontrado o Eldorado nas campanhas eleitorais. Junte-se a isso, o fato de que a classe política é um dos segmentos sociais com menor credibilidade e está feita a confusão.
O Marquetólogo ou o Consultor Político, como queiram chamar, é um profissional altamente especializado e qualificado que vai aplicar a ciência Marketing a serviço da política. Sua atuação não se restringe à época eleitoral, mas neste período, especificamente, domina e aplica as técnicas do Marketing Eleitoral. Precisa ter o conhecimento global das várias áreas que compreendem essa empreitada e que vão desde as pesquisas, até a comunicação. Não é ele quem manda no candidato, não é ele quem aparece mais que o candidato, mas é ele quem orquestra todas essas frentes, orientando a campanha como um todo e sua expertise é fundamental para atuar à frente de um verdadeiro exército de Brancaleone, formado por pesquisadores, publicitários, jornalistas, profissionais de rádio e TV, etc, etc.
Ninguém critica o papel de um maestro, nem de um treinador de futebol, por exemplo, pois é consenso que, apesar dos talentos individuais, é necessário alguém que unifique e estabeleça um caminho único, respeitando os atributos já existentes, se me permitem fazer essa comparação. Ou ainda, se preferirem: ninguém enfrenta um júri, sem a orientação de um advogado, ninguém submete-se a uma cirurgia sem a orientação de um médico, assim como ninguém enfrenta outro exército sem as estratégias de um general, para utilizar uma analogia bélica.
É preciso entender que, quanto mais conseguirmos desmistificar a imagem equivocada que tem o Marketing Político e seus profissionais, mais ganharemos em transparência em nosso constante exercício de Democracia. É um equivoco também acreditar que a figura do Consultor Político é uma coisa do Brasil. Estados Democráticos no mundo todo vêem nesses profissionais importantes contribuições. Ditaduras não combinam com o Marketing Político.
Aqui no Brasil, há 20 anos, a Abcop-Associação Brasileira de Consultores Políticos ocupa o papel de defender o exercício sério e ético dessa profissão, nos mesmos moldes de outros importantes representantes de classe no mundo todo, como a Alacop-Associação Latinoamericana, a AAPC-Associação Americana, a EAPC-Associação Européia, e a IAPC-Associação Internacional de Consultores Políticos.
Ao final dessa reflexão, pelo menos num ponto preciso concordar com a coordenação da campanha da Senadora Marina Silva: eles não precisam de um “Marqueteiro“. Mas precisam urgentemente de um Consultor Político.
sábado, 29 de maio de 2010
Marina silva descarta Marketeiro em sua campanha
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A alegação é que a imagem de Marina não precisa ser moldada nem maquiada. Para a equipe da ex-ministra do Meio Ambiente, o forte da campanha eleitoral será, sem moldes, o olho no olho com os eleitores, explorando a origem humilde e a história de vida da candidata.
A partir de julho, quando começa oficialmente a campanha, a ideia do PV se limita a contratar uma empresa que cuide da direção de arte dos programas de TV e escalar assessores específicos para palpitar sobre imagem, figurino e tom de voz da candidata.
"A gente não terá a figura de um marqueteiro, até porque a gente não acha que a imagem da Marina deva ser transformada ou vendida como um produto", afirma o vereador carioca Alfredo Sirkis (PV), um dos coordenadores da campanha.
"Isso [dispensa de um marqueteiro] não é uma decisão inocente nem surgiu pela falta de recursos. O mais forte que temos é o olho no olho da Marina com as pessoas", completa.
Outra justificativa do PV para descartar a contratação de um publicitário vai na linha segundo a qual a senadora acriana não decola nas pesquisas de intenção de voto por ser desconhecida pela população, e não pela taxa de rejeição.
Segundo recente pesquisa Datafolha, do final do mês passado, só 56% dos brasileiros sabem quem é Marina, ante 86% de Dilma Rousseff (PT) e 96% de José Serra (PSDB). Entre os entrevistados que declararam saber quem ela é, 30% a conhecem "de ouvir falar" e 19% "só conhecem um pouco".
Rejeição
Por outro lado, segundo o mesmo levantamento, a taxa de rejeição da pré-candidata do PV é de 19%, contra 23% de Dilma e 25% de Serra.
Para torná-la mais conhecida, o comando de campanha tem encaixado a senadora em eventos Brasil afora. Com base em pesquisas, tem focado as agendas nas classes populares e no público feminino --nesta semana, por exemplo, deve se encontrar com trabalhadoras rurais, em Araraquara (SP).
Para preservar a imagem da ex-ministra, o PV tem adotado um estilo cauteloso nas discussões de alianças para a eleição. O partido disse "não" a algumas legendas nanicas que o sondaram por um apoio formal.
A avaliação é que essas siglas (conhecidas como legendas de aluguel) somariam pouco ao tempo de TV e, por outro lado, vinculariam a ex-ministra a grupos que pouco têm a ver com sua trajetória política.
O PV deve mesmo caminhar sozinho nas eleições. Sem os nanicos, também não conseguiu atrair outros partidos, como PPS (com o PSDB) e PDT (com Dilma), além de ter deixado de lado as negociações com o PSOL.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Principais Candidatos à Presidência da República
Dilma Vana Rousseff (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ministra de minas e energia e ministra-chefe da Casa Civil durante o Governo Lula, e é a pré-candidata do partido à Presidência da República, em 2010.
José Serra (São Paulo, 19 de março de 1942) é um economista e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2006 foi eleito governador do estado de São Paulo e atualmente é o pré-candidato à presidência da república.
Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima (Rio Branco, 8 de fevereiro de 1958) é uma política brasileira, ambientalista e professora de história, filiada ao Partido Verde. Afastou-se recentemente das funções de senadora pelo Acre devido à suas ocupações como pré-candidata à presidência do Partido Verde.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Marketing Verde
O marketing ambiental foi discutido por Kotler que o definiu como sendo : “(...) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”. Polonsky, autor de várias obras sobre o tema, propõe um conceito para o marketing verde, que ele próprio considera como sendo o conceito mais abrangente: “Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente.”
O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a conscientização ambiental por parte do mercado consumidor.
O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a conscientização ambiental por parte do mercado consumidor.
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